Esse é um blog com informações que podem ser úteis para o baterista que está começando a conhecer seu instrumento. Como baterista amador (e bota amador nisso...), sou um péssimo blogueiro. Minhas tentativas de manter um blog pessoal não deram em nada, mas sempre achei que deveria compartilhar alguma coisa. Desde 2005 eu frequento o Fórum Cifra Club , que me estimulou muito a pesquisar mais sobre assuntos relacionados ao meu hobby favorito: tocar bateria, especialmente em relação a equipamentos. Desde então venho postando tópicos aqui e ali e que acredito que possam ser úteis aos bateristas iniciantes. Esse blog é um tentativa de centralizar as informações que criei e obtive ao longo deste período. Fica aqui a esperança que este blog possa ser de utilidade pra alguém. Comentários (sem anonimato, plz !) e sugestões são bem-vindos.



21 maio 2010

Pivot, que diacho é isso ?

O que dá pra dizer sobre o termo “pivot” é que é a técnica de pedal que permite a execução de “double strokes” rápidos no bumbo. Quando vejo bateristas discutindo pelos fóruns sobre o que é pivot, quase sempre vejo alguma confusão. Na verdade, até hoje, eu mesmo não saberia fazer algo como dizer “pivot é isso”, mostrando a seguir como se faz. Eu conheço duas técnicas para execução de doubles rápidos, e já vi ambas chamadas de “pivot”. Uma delas é conhecida como “slide” e a outra é conhecida como “heel-toe”. Curiosamente, o termo “pivot” não é usado em inglês.
O “slide” é uma técnica executada com a ponta do pé, com o calcanhar elevado, na posição conhecida como “heel-up”. O primeiro toque é executado com a ponta do pé no meio da sapata do pedal. Durante o rebote, a ponta do pé desliza sobre a sapata em direção ao bumbo e o segundo toque é feito com a ponta do pé próxima à corrente (ou tirante) do pedal. Estudando bem o movimento, percebi que o primeiro toque serve também para jogar o peso da perna para cima, como num pulo. Isso tira o peso do pé sobre a sapata e permite o deslizamento do pé sem necessidade de se fazer um movimento de erguer sua ponta. O segundo toque é feito na ponta da sapata porque ela sobe mais rápido que o meio após o rebote e porque também aproveita parte do movimento de deslizamento. Em alguns locais, o slide também é conhecido como “chutinho”.
O “heel-toe” é outra técnica usada pra se obter os doubles rápidos. Nesse caso, o termo “pivot” seria mais apropriado, pois nesta técnica o tornozelo faz um movimento pivotante. Essa técnica é executada com o calcanhar abaixado, apoiado sobre a sapata e o pé posicionado todo “dentro” do pedal. O termo “heel-toe” pode dar margem a uma certa confusão, porque dá a impressão que é necessário usar o calcanhar para tocar o pedal e nem sempre isso é verdade. O primeiro toque do “heel-toe” é feito com o pé totalmente em contato com a sapata. Bateristas com o pé pequeno ou que usam pedais “long-board”, com sapatas longas, tipo Axis ou Trick, fazem o primeiro toque forçando o calcanhar, sem desencostar o antepé da sapata. Durante o rebote, o pé faz um movimento pivotante, quase sem tocar a sapata, e o segundo toque é dado com a ponta do pé (tem gente que prefere o dedão), na ponta da sapata. Essa técnica é muito fácil de ser executada por quem consegue colocar o calcanhar adiante da dobradiça da sapata. A execução com precisão e regularidade exige um certo treinamento da musculatura anterior da perna, na canela, que é pouco treinada por bateristas habituados a usar “heel-up”.
O “heel-toe” também é acessível para quem tem pé grande que não cabe em toda a sapata. Nesse caso, o calcanhar não é usado. Ao invés, o primeiro toque é executado com a sola do pé, como num pisão, e o segundo toque é feito do mesmo modo.
Os vídeos abaixo, que legendei para a comunidade “Traduzindo vídeos de bateria” do Orkut, mostram Pat Torpey explicando na prática estas técnicas e apresenta uma “arma secreta” pra facilitar o slide.





O video abaixo é de Steve Smith (sem legendas por enquanto), explicando um exercício conhecido como "constant release" que aumenta o controle entre estas técnicas:



Bons estudos !

28 fevereiro 2010

Como construir sua bateria eletrônica

Um dos membros do Fórum Cifra Club resolveu construir uma bateria eletrônica com seus próprios meios e criou um blog para documentar em detalhes o processo, que ainda está em andamento. O blog se chama Homemade Drums e ainda está em fase inicial. No blogroll abaixo está um link fixo pra ele. Boa sorte pro Filipe, e obrigado por compartilhar essa empreitada conosco.

Mais afinação, agora em detalhes

Os vídeos de Bob Gatzen sobre afinação que postei anteriormente não mostravam o processo desde o início. Meu amigo Caio Wonrath produziu a série de vídeos a seguir, que mostram de modo bem detalhado o processo de colocação de peles e afinação de um tontom. Para aproveitar melhor os vídeos, recomendo que se ouça com fones de ouvido ou caixas de boa qualidade. Enjoy!










É isso.

14 fevereiro 2010

Tony Royster Jr. - Energia Pura !!

Os vídeos a seguir são dois trechos do DVD "Pure Energy", de Tony Royster Jr, que acabei de legendar em português. Neles, Tony fala um pouco sobre sua rotina de estudo e mostra técnicas para aquisição de velocidade. Esse notável baterista americano (nascido na Alemanha) começou a tocar bateria aos 3 anos de idade, ensinado por seu pai, e aos onze anos foi apontado pela Modern Drummer como revelação do ano. Tony é conhecido por sua grande velocidade tanto nas mãos quanto nos pés. O DVD "Pure Energy" não foi lançado no Brasil e não possui versão oficial com legendas em português. Meu trabalho de legendagem vem tendo uma boa repercussão, e recebi a sugestão destes vídeos.Antes de abrir os vídeos, habilite as legendas e as anotações no ícone em forma de triângulo no canto inferior direito do vídeo.






Aproveitem !

11 fevereiro 2010

Mais um pouco sobre cascos

Os vídeos a seguir mostram como ouvir o timbre próprio do casco do tambor e a identificar as diferenças entre as madeiras. O vídeo foi produzido pela Odery Drums, uma empresa de Campinas-SP que fabrica provavelmente as melhores baterias Custom nacionais. Além da qualidade de acabamento, as Odery se diferenciam pelo uso de madeiras diferenciadas na fabricação de seus cascos. Nos vídeos abaixo é ensinado como "ouvir" o timbre de um casco e perceber a diferença sonora entre os tipos de madeira, no caso, a araucária e a teca.




Neste outro vídeo, é explicado como a espessura do casco influi em seu timbre:



É isso. Aproveitem.