Esse é um blog com informações que podem ser úteis para o baterista que está começando a conhecer seu instrumento. Como baterista amador (e bota amador nisso...), sou um péssimo blogueiro. Minhas tentativas de manter um blog pessoal não deram em nada, mas sempre achei que deveria compartilhar alguma coisa. Desde 2005 eu frequento o Fórum Cifra Club , que me estimulou muito a pesquisar mais sobre assuntos relacionados ao meu hobby favorito: tocar bateria, especialmente em relação a equipamentos. Desde então venho postando tópicos aqui e ali e que acredito que possam ser úteis aos bateristas iniciantes. Esse blog é um tentativa de centralizar as informações que criei e obtive ao longo deste período. Fica aqui a esperança que este blog possa ser de utilidade pra alguém. Comentários (sem anonimato, plz !) e sugestões são bem-vindos.



21 maio 2009

Bateria Eletrônica

A bateria eletrônica (BE) nada mais é que um sintetizador acionado por pads ao invés de teclado. O set completo de uma BE é composto do kit de pads (que dá o visual e a interação com o baterista) e o módulo, que é o "cérebro" da bateria. O desafio pros fabricantes é o de fazer uma BE que soe e se comporte o mais proximo possivel de uma batera acústica. Obviamente, quanto mais parecida for, maior o custo.

Pads
Existem vários tipos de pads à disposição. Sua função é gerar um sinal analógico que será recebido pelo módulo e convertido para um sinal digital MIDI. Dependendo do tipo de pads, pode ser enviado mais de um sinal, dependendo da região onde se toca, e assim obter-se mais de um tipo de som pro mesmo pad. Os pads de menor custo são um tipo de disco de borracha montado em uma estrutura de material sintético. Estes pads geralmente são mono (emitem um único sinal), mas existem versões de duas saídas (centro e borda). A sensação de tocar (feeling) é bastante diferente de uma acústica, mas não é difícil se adaptar. À direita vemos um diagrama que mostra a anatomia de um pad de BE. É basicamente um transdutor piezoelétrico colado a uma placa de metal. O conjunto é envolvido por uma espuma e o bloco é selado em uma cápsula de borracha.


Os pads de maior custo são os tambores virtuais, que são verdadeiros tambores rasos equipados com triggers internos (às vezes mais de um) e peles mudas. Geralmente têm duas saídas (centro e aro). O feeling destes pads é idêntico ao de um tambor acústico, sendo possível até regular a tensão da pele. Nestes pads os piezos são montados em cápsulas que ficam em contato com a pele muda do pad. O segundo piezo é colocado na borda do tambor (ou aro virtual). Existem também pads que simulam pratos, que são montados em estantes e podem possuir mais de uma saída de sinal, possibilitando sons diferentes dependendo da região onde se toca. A Staff Drum fabrica um pad mono com formato cilíndrico que tem pequenas dimensões e pode ser instalalado em qualquer cantinho do set. Um último tipo de pad é o pedal de chimbal, que tem várias funções.


O módulo
O módulo recebe o sinal analógico, o converte para um sinal digital padrão MIDI e gera uma saída que pode ser analógica ou digital, que necessita amplificação para ser ouvida. Os módulos mais modernos conseguem "ler" a intenção do baterista e reproduzir sons acústicos com fidelidade impressionante. Estes módulos são capazes de reproduzir Ghost notes, press-rolls, aberturas de chimbal e pratos e diversos outros efeitos obtidos em uma acústica. A maioria dos módulos vem com saída para fones de ouvido. Aí do lado tem uma foto do módulo Roland TD-12, um dos mais modernos do mercado atualmente. Pra quem já possui um PC ou notebook com um software de bateria virtual, ou um bom teclado, uma saída relativamente econômica é utilizar uma interface trigger-to-midi. Essa interface faz metade do trabalho que um módulo de bateria faz: simplesmente converte os sinais dos pads para sinais MIDI. Estes sinais então vão para o PC onde são processados e convertidos em som pelo software e pela placa de som. Este esquema pode ter alguma latência, então não é recomendado para som ao vivo, mas estudar e pra fazer suas demos em casa, tá valendo.

O amplificador
O sinal do módulo precisa ser amplificado pra ser ouvido (no caso de um show ou gravação). Pode tb ser diretamente conectado pela saída digital à placa de som do PC do estúdio de gravação. O sinal gerado pelo módulo é estéreo, então seria necessário um set de potência estéreo + duas caixas pra uma reprodução razoável. Uma dificuldade que notei em relação à reprodução do som é o som do bumbo. Devido à baixa freqüência, é necessário um terceiro amplificador com subwoofer pra se obter um bom som de bumbo (tipo ampli pra baixo). A Staff Drum está prestes a lançar um ampli tipo combo, específico pra BE.



As vantagens de ser possuir um set de BE são:
1. O controle sobre o volume do som sem comprometer sua qualidade. Quem tem um set acústico sabe que tocar baixinho fode com o som.
2. A possibilidade de se tocar com fones e não incomodar ninguém durante o estudo. (Convenhamos, pra que não está tocando, é um saco !) Em nome da harmonia com a vizinhança, especialmente quem mora em apartamentos, a eletrônica é praticamente obrigatória.
3. A economia de espaço. Nos apertamentos modernos, espaço é importante.
4. Pouco volume. Carregar um set acústico pra todo lado dentro do seu Ford Ka exige muita disposição, boa vontade e imaginação.
5. Os módulos oferecem inúmeras possibilidades de sons pra cada pad, o que permite trocar de kit (virtualmente) várias vezes durante um show.

Infelizmente existem algumas desvantagens:
1. O preço. Um set completo de BE custa de 2 a 3 vezes mais que um set acústico.
2. O som precisa ser amplificado no caso de um show. Existem várias maneiras de se fazer isso, mas isso foge do tópico.
3. O visual. Isso tem a ver diretamente com o pequeno volume da BE. Bateristas (eu inclusive) preferem ficar meio “enterrados” atrás de seu kit, sei lá por que. Apesar do visual modernoso (os pads da borracha da Staff são mto bonitos), não se compara à presença de um set acústico.


Há também a opção de usar um kit acústico com peles mudas, triggers, abafamento dos pratos e o módulo. Essa montagem pode ser mais barata que um set totalmente eletrônico e tem a vantagem de combinar versatilidade e visual, com presença de palco.

2 comentários:

  1. gostei cara, só precisava de ajuda pra montar a minha bateria em casa.
    to um poko fora de eletrônica, rsrsrsrs, vlwww
    'gustavo'

    me add la vc me ajuda...ow manda email...
    guh.gtl@hotmail.com

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